Precisa de um título - parte 11

[1 ano depois...]

Olá amigos!

Esse ano foi bem difícil. Meu amigo Steph esteve todo esse tempo comigo, fizemos mestrado juntos. Foi muito bom ter alguém ao meu lado. Bom, hoje estou fazendo as malas para voltar para o Brasil. Morrendo de saudade dos meus irmãos. Eu a Jessica e seu noivo Petter, vamos pegar o mesmo avião em Londres. Então vou me arrumar para não perder o vôo. Steph não vai conhecer o Brasil dessa vez. Ele vai visitar a família e talvez depois vá para o Brasil passar alguns dias.

Eu recebi algumas propostas para ficar na Espanha, mas ainda não aceitei nenhuma. Vamos ver o que a vida está reservando para mim agora. Vou ficando por aqui, até a chegada no Brasil.

...

Chegamos ao Brasil, eu a Jessica e Petter acabamos de desembarcar, vamos pegar nossas malas e abraçar todos os que amamos. Assim que desembarcamos, notamos algumas coisas diferentes. Quando passamos pelo portão de desembargue eu recebi um cartão de um dos funcionários da companhia. O cartão tinha a letra “A” na frente, olhei para Jessica e ela fez um sinal de que também não sabia o que era aquilo.

Comecei a caminhar em direção as malas, recebi mais três cartões um vermelho com a letra “M”, outro azul com a letra “O” e outro amarelo com a letra “R”. Eu não sabia o que era aquilo, uma brincadeira do Anderson provavelmente, eu e Jessica deduzimos. Quando as malas começaram a chegar meu sobrinho que estava enorme, conseguiu de alguma forma passar pela segurança e me trouxe uma carta. Olhei para fora e havia uma faixa enorme que dizia: “Quer casar comigo?” Eu não sabia o que eu fazia.

- Vai Rua! Corre, vai ver o que te espera. Deixa que eu pego tua mala. – Disse Jessica com aquele sorriso que sempre estava lá para acalmar tudo e todos.

Eu sorrindo, balancei a cabeça em um sinal afirmativo. Peguei meu sobrinho e fui andando o mais rápido que conseguia. O tempo, a vida, todos os momentos vividos foram passando por mim como se eu estivesse em um filme vendo tudo o que fiz ou deixei de fazer. Amigos perdidos que nunca vão voltar e todos aqueles que ainda virão, passavam por mim e eu só pensava em uma coisa: Estou voltando para os braços de todos os que eu amo.