A chave... Felicidade.
Mais um novo dia amanheceu, Elena, pegou as chaves do carro e o casaco verde que ganhara de Fábio no inverno passado, ele sempre ficava jogado na poltrona da sala a disposição para qualquer eventualidade, e correu, mais uma vez ela estava atrasada para o encontro com a sua turma da faculdade. Elena cursava Relações Públicas e faltavam apenas seis meses para a conclusão.
"Ele não vai aparecer" - Pensou Elena ao sair do carro e ver toda a sua turma reunida, menos ele.
Ela estava atordoada, confusa demais com a ideia de não poder mais vê-lo, sempre tinha sido "nós" e nos últimos meses apenas "Eu". Ela precisava ficar sozinha, pensar um pouco, seu coração pedia desesperadamente por um pouco de solidão. Seus amigos acenavam do outro lado da rua e quando Elena percebeu estava correndo entre os carros procurando um lugar onde pudesse ser apenas ela, onde pudesse ficar um pouco perto de si, sentir a dor comprimir o seu estômago e as lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Ela queria apenas ser uma pessoa livre, ela gostava da sua liberdade, ela era apaixonada pela vida que levava, mas quem algum dia já viu o coração seguir alguma coisa que nós gostamos? E quem nunca descobriu que amar nunca é fácil e que aparece independentemente de você querer ou não? A moça com a jaqueta verde sentada na varanda do prédio de engenharia foi pega desprevenida pelo amor e agora só lhe restava, a lembrança do gosto do beijo dele, o coração acelerado e a maquiagem borrada.
Seu celular não parava de vibrar, Natalia sua melhor amiga estava preocupada com ela, afinal, depois que Fábio partiu repentinamente Elena passou os últimos meses muito estranha. Depois de longos minutos e várias chamadas de sua amiga, Elena deu uma desculpa aos seus amigos, pegou o carro e começou a dirigir sem rumo. O rádio tocava músicas que a fazia lembrar Fábio, o gosto do seu beijo, o quanto as suas mãos se encaixavam quando estavam juntas.
Abriu a porta do seu apartamento correndo em busca das lembranças que guardava em um caixa, com as iniciais de seus nomes entalhada na madeira.
-Onde eu coloquei a chave? Ela sempre ficou aqui. - falava em voz alta Elena. - Como vou abrir essa caixa?
Notou que havia perdido a chave e não conseguiu entrar. Elena começou a procurar a chave em todos os lugares da casa, desejava de qualquer maneira abrir a caixa onde estava guardada todas as fotos e cartas, toda a sua história com Fábio. Elena procurou em cada cantinho, apelou até para São Longuinho e nada.
- Droga! Como pude perder essa chave? A única coisa que ainda podia me levar até ele.
Elena jogou-se na cama, seu All Star vermelho jogado perto da porta. Olhou para o teto, como se aquela situação não pudesse estar acontecendo quando ouviu:
- Desculpa, eu sei que estou atrasado.
Elena olhou para a porta, pensando se era mais um dos seus devaneios.
- Fábio?! Co... Como? Você.. Quando você voltou?
- Hoje de manhã. Estava com muita saudade da minha menina.
Elena riu. Ao olhar para os seus olhos verdes ela se concentrou no que ele trazia em seu pescoço.
- Você está com a chave?
- Sim.. Precisava de alguma desculpa para vir te ver menina.
- Você deveria parar de fugir moço. Isso me machuca muito.
- Eu não fugi sua boba. Só estava fazendo alguns preparativos.
- Hum.
De repente Fábio se ajoelhou e olhou fundo nos olhos de Elena.
- Elena, você é a minha droga e sem uma dose diária de você eu entro em abstinência. Eu não posso viver sem você, eu não consigo olhar para o lado e perceber que você não está ali menina. Eu te amo, e vou dizer isso quantas vezes for necessário. Me desculpa por te sumido assim da tua vida, mas eu percebi que sem você eu não quero viver. Quer casar comigo?
- Seu bobo. É claro que sim. Eu te amo muito.
Como se nenhuma palavra fosse capaz de demonstrar a felicidade que ele sentia, Fábio a pegou nos braços e tocou seus lábios, uma forte onda de energia começou a interagir entre os dois corpos, contrariando todas as leis da física, formando um só corpo, dividindo o mesmo espaço. Depois dos longos minutos sendo um só, abriram a caixa e passaram a colocar lá os novos sentimentos, as novas fotos, e a velha chave que proporcionou a felicidade.
Abriu a porta do seu apartamento correndo em busca das lembranças que guardava em um caixa, com as iniciais de seus nomes entalhada na madeira.
-Onde eu coloquei a chave? Ela sempre ficou aqui. - falava em voz alta Elena. - Como vou abrir essa caixa?
Notou que havia perdido a chave e não conseguiu entrar. Elena começou a procurar a chave em todos os lugares da casa, desejava de qualquer maneira abrir a caixa onde estava guardada todas as fotos e cartas, toda a sua história com Fábio. Elena procurou em cada cantinho, apelou até para São Longuinho e nada.
- Droga! Como pude perder essa chave? A única coisa que ainda podia me levar até ele.
Elena jogou-se na cama, seu All Star vermelho jogado perto da porta. Olhou para o teto, como se aquela situação não pudesse estar acontecendo quando ouviu:
- Desculpa, eu sei que estou atrasado.
Elena olhou para a porta, pensando se era mais um dos seus devaneios.
- Fábio?! Co... Como? Você.. Quando você voltou?
- Hoje de manhã. Estava com muita saudade da minha menina.
Elena riu. Ao olhar para os seus olhos verdes ela se concentrou no que ele trazia em seu pescoço.
- Você está com a chave?
- Sim.. Precisava de alguma desculpa para vir te ver menina.
- Você deveria parar de fugir moço. Isso me machuca muito.
- Eu não fugi sua boba. Só estava fazendo alguns preparativos.
- Hum.
De repente Fábio se ajoelhou e olhou fundo nos olhos de Elena.
- Elena, você é a minha droga e sem uma dose diária de você eu entro em abstinência. Eu não posso viver sem você, eu não consigo olhar para o lado e perceber que você não está ali menina. Eu te amo, e vou dizer isso quantas vezes for necessário. Me desculpa por te sumido assim da tua vida, mas eu percebi que sem você eu não quero viver. Quer casar comigo?
- Seu bobo. É claro que sim. Eu te amo muito.
Como se nenhuma palavra fosse capaz de demonstrar a felicidade que ele sentia, Fábio a pegou nos braços e tocou seus lábios, uma forte onda de energia começou a interagir entre os dois corpos, contrariando todas as leis da física, formando um só corpo, dividindo o mesmo espaço. Depois dos longos minutos sendo um só, abriram a caixa e passaram a colocar lá os novos sentimentos, as novas fotos, e a velha chave que proporcionou a felicidade.
Ruana Lins
Texto produzido para o projeto Bloinques 109º Edição Conto/História
Palavras lindas, marcantes e sentimentais !!! Ruana Lins, você tem um talento dentro de você, transmite pensamentos, sentimentos e emoções com seus textos produzidos. Ao ler este, me identifiquei bastante com essas palavras, já tive um pensamento muio parecido, até sonhei com algo assim. Para o que depender de mim, essas palavras devem se tornar realidade. UM grande beijo de alguem que te adora
ResponderExcluirJefferson
Muito obrigada moço! Tbem te adoro Jeff =**
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