O psicopata
O homem senta em sua cadeira, coloca o cigarro entre os dedos
imaginando quanto tempo que os dois não se misturavam. A casa estava imunda,
paredes que antes eram brancas estavam com uma cor entre o marrom ou bege
(difícil identificar). No chão uma mistura de lama e sangue deixava o lugar
ainda mais obscuro. Poucos móveis pertenciam aquele lugar, uma cama, uma mesa e
alguns instrumentos cirúrgicos que ele tinha usado na manhã anterior.
Sentado imaginava o que aconteceria dali a algumas horas, gritos e
o sangue escorrendo, ele repassa a mesma cena 24h por dia, percebendo que faria
tudo de novo e novamente acordava sentado na cadeira. Sempre saia durante a
tarde - o único momento em que a luz do sol tocava sua face – era chegada a
hora de escolher sua próxima vítima.
Loira e jovem, perfeita
para saciar seus desejos e mais uma vez seduzida. Um ponto percentual aumentava
na tabela da polícia, mais um homicídio que ele tinha se safado.
- o que eu fiz? - Suas mãos tremiam enquanto ele via alguns potes
marrons que não se pode dizer o que havia dentro e os órgãos - que ele arrancara
enquanto aquela pobre garota gritava e desmaiava - jogados ao redor do corpo
sem vida. Ele estava gostando. Isso o perturbava.
- Eu sou um psicopata. - aquelas palavras não saiam de sua mente
enquanto ele limpava o pequeno comodo e escolhia a próxima vitima. Ele gosta
dos gritos, dos pedidos de socorro, das lagrimas se misturando ao sangue.
Enquanto suas vitimas gritavam ele saciava o seu desejo. Ele as
desejava. Seus olhos. O coração batendo rápido, o medo. Ele ficava extasiado.
Até que elas paravam de gritar e já não lhe serviam mais. E ele fazia o mesmo
processo. Sentava em sua cadeira, olhava para as paredes e se encontrava com
seu velho amigo: Lúcifer e eles passavam horas conversando, mal sabia ele que o
dito amigo de pele encardida e cheiro de enxofre, não estava ali para conversar.
___Ruana Lins
*Quero agradecer ao amigo Matheus pelas dicas e pelo belo trabalho nas correções dos meus textos =)
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