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Mostrando postagens de outubro, 2013

Pequena saliência

Você é uma pequena, bem pequenina saliência. Você ainda nem nasceu, mas em poucos meses você se juntará a nós. Custei a acreditar que tinha alguém crescendo dentro de sua Mamãe, ela também demorou a acreditar. Chorei, ao descobrir que haveria a possibilidade de ter alguém tão pequenino perto de nós. Choramos, dentro de uma sala apertada quando olhei nos olhos dela e ela me olhou assustada, seus olhos inchados denunciavam sua noite mal dormida.  Eu disse a sua Mamãe: Ele definitivamente terá seus olhos, sua confiança, os cabelos negros como o pai e a habilidade de escrever da tia.  Ela sorrir. Foi a primeira vez.  Você vai crescer, forte e brincalhão e eu te segurarei gentilmente em meus braços. E nós vamos rir, dentro daquela mesma sala apertada que parece se tornar gigante. Imaginamos você, seus bracinhos, olhos, pés. Não trabalhamos, você se tornou a coisa mais importante das nossas vidas. Eu estava realmente feliz e você será realmente feliz. Eu sussurrarei a ...

Ao meu primeiro amor

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Querido primeiro amor, É com grande carinho que te escrevo estas simples palavras. Você, que foi o mais puro, o mais doce, o meu primeiro (e único, por que não?!) amor. Hoje, muitos desencontros depois, nos encontramos. Mudados, vividos, mas o mesmo sorriso. O mesmo olhar bobo da aula de matemática, quando com um bilhetinho me fez uma pergunta: "Namora comigo?" E rabiscadinho no canto esquerdo um citação de Quintana "O amor é quando a gente mora um no outro". Meus lábios não me deixavam mentir, eu estava feliz, eu realmente estava feliz.  Muitos passaram, mas não souberam conquistar o meu coração para sempre como você o fez, com aqueles poucos gestos e seus olhos que sorriam ao me ver. Em nossos rostos, já envelhecidos pelo tempo, sinto que ainda temos aquela mesma admiração. O coração parece não se aguentar de tanta saudade e perde o compasso, mas tento me manter firme, algumas lágrimas parecem chegar aos meus olhos, luto desesperadamente para que elas não...

Todos nós morremos

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Retire suas roupas pretas do armário velho, seus óculos escuros também. Chegou a hora de usa-los. Apostamos demais no destino e ele chegou para cobrar todas aquelas horas a mais gastas em garrafas de Whisky com gelo. Mas não se apresse. Uma foto nossa irá cair sob os seus pés enquanto você alcança o seu vestido na ultima prateleira. Pegue-a com cuidado e olhe atentamente para aquelas três crianças, sentadas no banco da faculdade, e lembre do quanto elas se achavam adultas. Ria. Alto, para todos ouvirem. Isso mesmo. Pode chorar. Coloque as mãos no rosto e chore. Deixe que elas carreguem a tua dor.  Seu celular vibra. É uma das suas melhores amigas. Suas mãos tremem e você diz baixinho: Ela se foi. E ela te diz: Não chora. Mas de repente as duas estão chorando e ninguém é capaz de acalma-las. Você volta para a cama e ela para os braços do seu marido. Ambas esperando conforto. Que tudo aquilo fosse apenas uma mentira ou mais um dos seus textos loucos. Mas a verdade é que nós...

Daqueles dias de "Eu te amo"

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Eram coisas bobas. Ditas em momentos inadequados. Sorrisos jogados pela janela e Bom dias distribuídos nos corredores. Eles as vezes se davam bem. Ele um romântico barato. Ela uma designer pessimista. Um garoto do interior e uma garota da cidade. Um cantor numa esquina de um metrô qualquer. O cheiro de vinho e perfume francês em uma cobertura no centro.  Estranhos se encontrando na avenida. Olhos se encontrando no cruzamento. Os dele azuis, os dela castanhos. Um acenar com um chapéu invisível, um sorriso de canto de boca.  - Olá senhorita. Ela sorrir e baixa seus olhos timidamente.  Pessoas ao redor vivendo apenas para buscar emoções e estas sendo ignorada por eles, ou pelo menos era o que tentavam.   - Olá. - As pessoas vibram quando ela o responde.  Ele canta uma música e oferece a ela.  - Eu odeio essa música. - Ela diz baixinho. - Eu amo essa música e dedico a você.  Ela sorrir, morde um canto da boca e pensa "passei a gostar...