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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Das coisas que ele faz - #4

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Ele me deixa com raiva. Raiva porque não consigo parar de pensar no seu sorriso torto. Mais raiva ainda porque não consigo ficar com raiva dele. Quanto mais brigamos, mas o amo. Parece um coisa.... Jogo vasos, pratos, copos em cima dele, mando-o me procurar na esquina e me pego ainda mais apaixonada por ele, quando com um beijo ele transforma toda a minha agonia.

Do que poucos sabem

O que eu sou não te diz respeito. Mas nasci para ser única. Morro por poucos. Sempre gostei muito, sempre gostando pouco. As palavras me contradizem. Não é sofrimento, pode apostar, é só um querer ser tudo, minha alma não consegue apenas ser eu. É um gostar que não aceita amor pela metade. Que espera abraços apertados quando dos olhos algumas lágrimas insistem em cair. Se continuo a vir aqui é porque gosto da sua companhia, da música lenta que um grupo da cidade toca ou porque o garçom é um gato. Saiba que eu nunca desperdiçaria uma noite se não gostasse daqui. Não me faça perguntas tolas: como é o meu nome, se eu estou bem ou o que me faz feliz. Gosto das pessoas que procuram meus pontos fracos e os aceitam, que me traduzem nas entrelinhas daquilo que eu nunca falo. Aquelas que sabem que quando eu mordo um dos cantos dos lábios é porque estou envergonhada, ou quando eu coloco a mão na nuca estou nervosa. Mas se você tem a necessidade de saber quem eu realmente sou te dou algumas dic

"Da janela lateral"

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Da janela do meu quarto vejo um mundo. Um mundo totalmente diferente do meu. Onde me chamam atenção a solidariedade, os sorrisos e toques demonstrados com tamanha facilidade e sem medo. Meu coração obriga os meus olhos a observar aquelas pessoas, seus sorrisos, a chuva caindo como se nada fosse capaz de fazê-la recuar, abraços apertados de pai para filho, conversas que pareciam interminináveis entre amigos. Eu sempre me perguntei se aquele mundo era real. A vontade de ir até lá e comprovar, provar daquele lugar era cada vez maior. Precisava descobrir o que existia naquele espaço que tanto me chamava para fazer parte... Talvez fosse o tal do amor que tanto encontrei nos livros que li ultimamente ou quem sabe é a tal felicidade que minha irmã mais velha tanto sussurra na cama ao lado. Peguei uma manta quase igual a do Harry Potter, queria ficar invisível. Assim não seria vista por aquelas pessoas e não precisaria contar sobre o que eu estava pensando. Desci as escadas corre

Dos dias que nada da certo

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O céu está desabando em chuva lá fora. A minha cabeça dói. Muito. Tipo assim Muiito. Acho que bebi demais ontem a noite. As contas estão jogadas pelo quarto e cada vez chegam mais, estão agora se amontoando em baixo da porta. Contrario a vontade de ficar na cama e me levanto. O rádio relógio me diz que estou atrasada, de novo, para o trabalho. Corri para o ponto de ônibus. Quando faltavam menos de trinta metros o ônibus passou. Corri. Juro que eu corri. Mas o perdi. E eu pensei: O dia vai ser um inferno. Dito e feito. O chefe me chama. Já é a quarta vez que chego atrasada na redação esse mês. Ouço tudo o que ele tem a falar, mas não presto atenção em nada, balanço a cabeça afirmando que entendi tudo e digo que aquela situação não irá se repetir. Quando finalmente sento em frente ao computador e vou tomar meu café duplo percebo que ele esfriou. Olho para a janela, respirando e contando a dez. Me disseram que ajudava a diminuir a raiva. Só pra constar... Não estava ajudando muito