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Mostrando postagens de julho, 2016

Sampa

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O barulho dos carros é ensurdecedor e a fumaça sufocante. O vai e vem de pessoas me diz que ali é um mundo totalmente novo. Olho para um lado e para o outro, eles não param. Eles não respiram. Olhos grudados na tela do celular. Esbarram em mim. “desculpa.” diz um homem alto, Moreno, seus olhos não sei dizer de que cor são. Eles não olham nos meus, e vai embora,  ‘correndo' pro seu compromisso. Sinal vermelho. Ufa! Pararam. Atravesso a rua olhando para as belezas daquela avenida, de um lado o Masp, cartão postal, do outro algum prédio com milhares de pessoas pensando em suas vidas corridas. E de novo, o vai e vem de carros, buzinas e fumaça. Os olhos ardem, a boca está seca, já sinto os sintomas da poluição do ar. Mas não paro, a cidade é encantadora, bonita demais pra ficar parada. O ritmo frenético te faz caminhar com passos rápidos, tento não me deixar viciar nessa correria maluca, mas parece que eu gosto. De repente,  músicos estão tocando,é uma jogada de marketing. Paro,

Ansiedade

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As horas passam. O relógio faz tique taque na cozinha. O sono havia passado.  A mente, barulhenta como sempre, desta vez estava mais agitada. Fome. Preguiça. Contrariando a vontade de sair da cama quentinha fui pra cozinha, abri a geladeira, tentava manter minha mente quieta, meio difícil já que ela procurava entender a frieza de alguns seres humanos que não sentiam ansiedade. Como acontecia todas as noite, peguei nossas duas xícaras e percebi que ele não estava lá,  peguei apenas a minha é esquentei água no microondas para o café. A casa estava um silêncio absoluto. Bati o dedinho do pé na mesa da cozinha, xinguei baixinho. O celular estava silencioso. Tentei dormir, nem sempre uma tarefa fácil. Os pensamentos passavam da prova de inglês,  para a apresentação de tcc, para ele que estava do outro lado do mundo, literalmente ,  para o amigo que não respondia a mensagem no whatsapp. “só pode ter morrido” eu pensava. “é a única solução plausível”. E a mente não parava. O coração?