O veneno da doce menina

As pessoas costumam nos surpreender e muitas vezes entram em nossas vidas por acaso se tornando especiais. Eu sempre tive problemas em lembrar dos nomes das pessoas com quem eu convivo  e você, mesmo me conhecendo por tão pouco tempo, lembrou de mim e foi como se nos conhecêssemos há décadas. Hoje é o seu aniversário e eu quero te desejar tudo de bom em sua vida. Sei que é um pouco clichê, mas as palavras não conseguem expressar o que realmente eu quero te dizer quando todas elas estão dentro desse abraço que eu te ofereço. Quero que você continue essa menina meiga, de conversas longas, boas risadas até quando está com febre e rouca. Que você continue com esse jeito de perder o horário da aula e sempre me ligar quando eu falto. Te desejo tudo de melhor nessa vida, minha amiga. Que possamos comemorar juntas muitos aniversários e conquistas. Te adoro!! ___Ruana Lins

Eu lembro daquela tarde chuvosa como se fosse ontem. Lembro seus olhos e como foi te ver chorando pela primeira vez. E foi como um choque. Você sempre foi a pessoa mais forte que eu já conheci, mas naquele dia ninguém era forte o bastante e você me disse que tudo ficaria bem e eu queria te dizer que tudo ficaria bem, mas eu não pude falar, eu estaria mentindo e você me ensinou que não se pode mentir. Você me abraçou enquanto as minhas lágrimas insistiam em cair e eu não pude retribuir. E eu sei o quanto ela era tudo pra você, era tudo para mim também. Mas alguém me disse que nada é para sempre, mas eu sempre acreditei no para sempre. E talvez eu não devesse acreditar nele tanto assim. Hoje eu te vejo sorrir, mas sempre lembro do seu olhar distante durante toda aquela semana e do quanto eu chorava escondida a noite, pois era muito importante que eu fosse forte para você saber que eu estava ali se você precisasse. E ninguém nunca soube e ninguém me abraçou, mas estava tudo bem

Eu lembro que estava nervosa. Sozinha. Ninguém havia chegado, nenhum colega do semestre passado... Nenhum rosto conhecido; nem mesmo um professor conhecido. Os minutos passavam e eu continuava só, em meu peito batia um coração apressado, curioso, angustiado e com medo. "O que me aguarda esse semestre?" Minha mente se misturava entre as inúmeras possibilidades do que iria acontecer. Continuei esperando, agora as mãos tremiam, não queria ter medo, muito menos demonstrar  medo, mas era a única coisa que eu realmente estava sentindo. Lembro de ter falado a minha irmã que estava com fome, porém nem esse sentimento eu tinha mais. Cinco minutos se passaram - eu diria que havia se passado muito mais - e não entrava ninguém, nenhuma alma viva ou morta. Mais alguns minutos e nada acontecia até que a porta anuncia um novo membro. Olho apressadamente para ela e torço para ser alguém conhecido, na verdade eu imploro para ser uma pessoa do semestre anterior. A maçaneta gira pregu

O homem senta em sua cadeira, coloca o cigarro entre os dedos imaginando quanto tempo que os dois não se misturavam. A casa estava imunda, paredes que antes eram brancas estavam com uma cor entre o marrom ou bege (difícil identificar). No chão uma mistura de lama e sangue deixava o lugar ainda mais obscuro. Poucos móveis pertenciam aquele lugar, uma cama, uma mesa e alguns instrumentos cirúrgicos que ele tinha usado na manhã anterior. Sentado imaginava o que aconteceria dali a algumas horas, gritos e o sangue escorrendo, ele repassa a mesma cena 24h por dia, percebendo que faria tudo de novo e novamente acordava sentado na cadeira. Sempre saia durante a tarde - o único momento em que a luz do sol tocava sua face – era chegada a hora de escolher sua próxima vítima.  Loira e jovem, perfeita para saciar seus desejos e mais uma vez seduzida. Um ponto percentual aumentava na tabela da polícia, mais um homicídio que ele tinha se safado. - o que eu fiz? - Suas mãos tremiam enquan