Sampa




O barulho dos carros é ensurdecedor e a fumaça sufocante. O vai e vem de pessoas me diz que ali é um mundo totalmente novo. Olho para um lado e para o outro, eles não param. Eles não respiram. Olhos grudados na tela do celular. Esbarram em mim. “desculpa.” diz um homem alto, Moreno, seus olhos não sei dizer de que cor são. Eles não olham nos meus, e vai embora,  ‘correndo' pro seu compromisso. Sinal vermelho. Ufa! Pararam. Atravesso a rua olhando para as belezas daquela avenida, de um lado o Masp, cartão postal, do outro algum prédio com milhares de pessoas pensando em suas vidas corridas. E de novo, o vai e vem de carros, buzinas e fumaça. Os olhos ardem, a boca está seca, já sinto os sintomas da poluição do ar. Mas não paro, a cidade é encantadora, bonita demais pra ficar parada. O ritmo frenético te faz caminhar com passos rápidos, tento não me deixar viciar nessa correria maluca, mas parece que eu gosto. De repente,  músicos estão tocando,é uma jogada de marketing. Paro, observo,  fotografo e curto. Do outro lado da multidão encontro rostos conhecidos, amigos que São Paulo me deu. Sorrio. Olho pro céu meio cinza e peço pra não esquecer nenhum detalhe dessa magnífica louca cidade.

____Ruana Lins

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